domingo, 7 de setembro de 2008

Ele marcou a proscrita imagem dela, traçou um mapa com um pé de pesadelo em veneno e enquadrou contra o vento, impressão do polegar dela que se dobrava na mão como uma sombra urdida, interrogação do eco familiar: qual é o meu génesis, a fonte de granito que se extingue onde a primeira chama é lançada no mundo esculpido, ou a fogueira crinífera como um leão o limiar do último claustro? Então uma voz naquele anoitecer viajou pela luz e pelas vagas da água, uma feição tomou os humores volúveis, do sítio onde a cantáride do mar verde dourado tinge a pista do polvo um veneno rastejou pela espuma, e dos quatro cantos do mapa um querubim numa configuração de ilha bafeou as nuvens para o mar.
(Dylan Thomas, do conto Em Direcção ao Princípio)

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